Lembras-te daqueles textos gigantes que eu escrevia a expressar todo o meu sentimento por ti? Lembras-te da quantidade de palavras que eu usava para te caracterizar? Lembras-te de eu acabar todos os meus textos com um simples e sincero amo-te? Eu lembro-me, perfeitamente. Pois bem, meu pequeno, estou farta de ouvir as pessoas julgarem-te. Estou farta de ouvir todos dizerem mal de ti. De ouvir dizer que és uma má pessoa e que o teu interior não presta. Estou farta de ouvir as pessoas dizerem que eu mereço uma pessoa muito melhor que tu. Estou farta de ouvi-las condenarem-te por cada erro que cometeste. Eu própria, não o faço. Porque é que elas se dão a esse trabalho? porque é que elas te julgam? Eu acho que todas as pessoas tem o direito de errar, tem o direito de abrir os olhos e aprenderem com as suas próprias perdas. Não existem pessoas perfeitas. Eu própria, estou farta de errar, mas assumo os meus erros. Todinhos. Sem qualquer tipo de problema. Eu sei o que faço e aposto que tu também sabes. Eu tenho a certeza que tu não precisas que seja qualquer um deles a dizer o que és ou o que deixas de ser. Tu és dono de ti próprio e mais que todas as pessoas, tu sabes o que sentes. E eu, nem penso muito naquilo que os outros pensam de ti, porque eu conheço-te extremamente bem, conheço o teu interior, e sei ver quando tu és sincero, e quando não és. Eu sou capaz de reconhecê-lo. Eu não me vou influenciar por aquilo que os outros dizem a teu respeito, não vou, nem quero. Tu não tinhas intenções nenhumas de me magoar, não ganhavas nada com isso, pois não? Tu sempre tiveste coragem de me proteger. Sempre me quiseste poupar a todo o sofrimento. As tuas intenções foram sempre as melhores, ou quase sempre. Independentemente de tudo, eu nunca deixei de depositar toda a confiança do Mundo em ti. E se tu realmente quisesses fazer-me sofrer novamente, tu não me entregavas o teu coração desta maneira. Não te entregavas a mim. Fui eu que estive do teu lado durante meses e meses. Fui eu que acompanhei esse teu feitio complexo. Fui eu que ouvi tudo o que tinhas para dizer. Fui sempre eu. Tu abrias-te demasiado comigo, sem teres noção disso. Tu, confiavas em mim mais que tudo. Ainda confias, aliás. Eu não consigo ver maldade nesta aproximação. Nesta tua sinceridade, não consigo. Eu não consigo descobrir motivos para me voltares a magoar. Não consigo e sinceramente acho que eras incapaz de o voltar a fazer. Nós sempre tivemos qualquer coisa a ligar-nos, a unir-nos de certa forma. Qualquer coisa que eu nunca tive com mais ninguém. Como se tu fosses a única peça fundamental. A única peça capaz de encaixar perfeitamente no meu puzzle. Se tu quisesses mesmo fazer-me mal, tu não tinhas admitido perante as pessoas que mais respeitas que gostavas realmente de mim. Tu não o terias feito. Não havia motivos para o fazeres. E eu, sinceramente, não consigo encontrar nenhum. Passe o tempo que passar, tu nunca vais sair da minha vida. Eu nunca te vou excluir dela e sabes porquê? porque tudo o que fizeste por mim, não tem qualquer tipo de explicação. Tudo o que tu me deste. Tudo o que tu me fizeste passar, foi e continua a ser mais forte do que qualquer outra coisa existente. Tiveste o maior dos valores, ainda o tens. Por muito que custe acreditar. Lentamente, tu estás a regressar. Pouco a pouco. Eu acredito em ti. Acredito naquilo que estás a revelar ser. Tu, és a minha outra metade. É contigo que eu quero ficar. Até o tempo permitir.

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