Questionei-me inúmeras vezes, para ver se valia a pena voltar a escrever para ti e cheguei a uma simples conclusão; nunca valeu a pena, nunca serviu de nada, nunca me deste ouvidos e nunca quiseste saber do meu sentimento por ti, depois de todo este tempo. Isto já não é novidade nenhuma, para ninguém. No entanto, não dá para evitar, eu sinto-me bem a escrever para ti, mesmo que saiba que não vais ler nenhuma destas palavras. Não hesito, não vale a pena, acabo sempre por contrariar a razão e focar-me somente no meu coração inocente. É mais forte do que eu, sempre foi. Detesto a maneira que tu e este sentimento se apoderam de mim, por uma única e simples razão. Hoje, mais uma vez, acordei com a sensação de sufoco, é estranho e frustrante sentir essa sensação uma vez por mês, sempre no mesmo dia, sempre no nosso suposto dia. Ainda não consegui passar por ele de uma forma indiferente, com o sorriso mais sincero no rosto, com a maior determinação possível, ainda não foi desta vez, mas também, será que isso alguma vez pode e vai ser possível? Passar por este dia sem sentir qualquer coisa que seja, é como, arrancar o meu próprio coração, impossível, completamente. Continuas a ser uma das melhores partes de mim. Não te esqueças disso, está bem? Quero-te o melhor. Mereces-o, acima de tudo porque soubeste fazer-me feliz. Soubeste preencher-me como mais ninguém conseguiu até aos dias de hoje e eu fico-te imensamente grata por teres cuidado de mim, como se eu fosse a tua própria vida. 


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