Não sei o que se está a passar com ela. Só sei que ela se sente completamente vazia. Sem animo. Sem alegria. Ela nunca foi assim. Ela sempre acordou com um sorriso na cara, sempre esteve disposta a sorrir vezes sem conta. Sempre largou gargalhadas verdadeiras. Sempre contagiou a sua alegria e vivacidade a todas as pessoas que estão com ela diariamente. Ela não tinha medo de viver. Mas e agora? o que é que se está a passar com ela? Já não têm as vontades que tinha antes, já não têm vontade de viver sem medo. Onde é que está aquele sorriso sincero que ela tinha todos os dias? Falta-lhe alguma coisa. Agora as pessoas estão habituadas a verem-lhe sorrir, com alguma frequência, mas não tanta como antes. Vêem-lhe soltar gargalhas leves e pensam que ela é feliz. Que têm uma vida completamente perfeita. Mas elas não sabem que por detrás de muitos sorrisos, existe uma pessoa completamente diferente quando está sozinha. Elas não sabem que essa é apenas uma das tantas mascaras que ela utiliza para as pessoas não perceberem o quanto ela está mal. Elas não percebem que quando ela está sozinha, chora sem conseguir controlar as lágrimas que lhe correm seguidamente pelo rosto. Que ela se tranca no quarto e ouve músicas que lhe trazem lembranças de tudo o que agora é considerado; o seu passado. Parece fácil não é? e julgá-la ainda é mais. Mas o mais extraordinário, é que ela continua a conseguir enganar as pessoas com os seus sorrisos. Ela continua a conseguir sorrir, mesmo que o seu mundo esteja a desmoronar-se. Ela continua a levantar-se todos os dias na esperança de que um desses dias consiga ser diferente do anterior. Ela precisa de regressos. Precisa de pessoas que sabe que não precisam dela. Parecendo ou não, esta é uma máscara que ela trás sempre consigo. Ela sente-se sozinha. Ela sente que não têm ninguém do seu lado. Sente que ninguém se preocupa com ela a cem por cento. Ela bem tenta pensar que tudo vai melhorar. Bem tenta ter forças para passar por tudo o que está a passar. Mas, ela não consegue. Ela caí vezes sem conta, ela é frágil e ingénua. Ela é burra por acreditar em todas as palavras. Ela está constantemente a ser iludida. Ela continua a querer que o seu passado faça parte do presente.  Ela continua a sentir falta de tudo aquilo que lhe fazia feliz. Ela, sou eu. 



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